quarta-feira, 1 de abril de 2009

XÔÔ CRISE!!!

Acho que todo mundo está percebendo que essa coisa de crise é argumennto para demissões em grande escala, redução salarial e aumento da margem de lucro.

Eu em minhas andanças proficionais tenho notado que a crise está muito longe de nós. Segundo alguns funcionários de uma empresa do grupo Votorantin (a CBA) diz que António Ermínio afirmou que as demissões já foram canceladas e que a perspectiva de crescimento a partir de março já é notícia.

Recentemente numa visita a IESA em Araraquara, O engenheiro que me atentendeu fez um comentário curuiso, “a crise veio para tirar a IESA do buraco, as vendas estão acima da nossa capacidade fabril”, puxa!

Engebasa em Cubatão está construindo novo galpão para almentar a produção em 20% para atender o crescimento do setor energético; Eles constroem as torres eólicas. Uma semana antes o pessoal da Siemens de Sorocaba me dizia o mesmo, estão com produção garantida para os próximos 30 meses de turbinas tremoelétricas.

A Fiat (Betim) quer dobrar sua produção de veículos e já expandiu o parque.

Ontem, na Montepino, São Paulo, empresa inicia processo de automatização para atender industria automobilística e na portaria dessa mesma empresa uma revista tinha em sua capa a frase “industria naval cresce apesar da crise”. Sei!

Ocean Air cresce e a Trip Linhas Aéreas compra novas aeronaves da Embraer, só para 2009 são 5 unidades Embraer 170. Além dela está aí a AZUL que quer até contruir o primeiro aeroporto comercial privado de grande demanda.

Feicom, feira que fez imenso sucesso no setor da construção civil e Hair Brasil, feira de cosmética que garantiu, NÃO HÁ CRISE NO SETOR.

GMC demitiu aos montes nos EUA e agora está “importando”do Brasil 1200 engenheiros a título de "ajuda" para novo programa de criação e produção de veículos compactos e de baixo consumo (12,79Km/l ou melhor), todos contratados, treinados e transferidos da GMB de São Caetano do Sul. Porque será? Engenheiro americano não sabe fazer carro ou será que são muito caros?

Gerdau/Açominas estreia o Auto-forno número 2, Cosipa encomenda 13 novas pontes rolantes para nova Aciaria e Usiminas moderniza a Unigal (Unidade de Galvanoplastica) também para atender a industria automobilística, CSN inicia criação de nova unidade e Casa de Pedra hoje tem valor inestimável e com isso tudo, a Vale do Rio Doce nada de braçada e expande malha ferroviária.

FAST SHOP vende só na unidade do Shopping Ibirapuera, 50 televisores de LCD/Plasma por dia, agora tenta fazer contas e somar todas as unidades FAST, Casas Bahia, Ponto Frio, Magazines Luiza, Pernambucanas, Americanas e outras dezenas de grandes lojas espalhadas pelo Brasil. Agora soma tudo isso as vendas realizadas pela Grade Rede, a internet.

Bem, isso tudo acontece aqui no Brasil e não sei como as coisas andam realmente lá fora, mas eu vos garanto, nunca estivemos tão bem.

Por outro lado assistimos a grande icones passando dificuldades, “refrigerecos” e Guaraná vendem muito mais que Coca-cola e já podemos ver lojas MacDonald’s as moscas. Postos de serviços da Esso já são minoria e Vitoria Secrets sumiu. Ford apanha vergonhosamente da concorrência e Philip Morris endividada. Simens e GE vivem numa ciranda mercadológica a busca de vaga em algum setor de alta demanda e as industrias de calçados da Ásia fecham as portas. Pirelli perde mercado e SunDown deixa o 3º lugar no rankin para sua fornecedora (Suzuki) e começa a brigar com a Traxx, lá no 6º lugar.

A coisa vai por aí a fora, mas neste caso os problemas não se atribuem a crise, o consumidor brasileiro é que está aprendendo a comprar qualidade.

Rogério Queiroz

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