Recomendo, cidade boa, bem arrumada e preparada para o turismo, fiquei hospedado numa pousada que fica entre Pereira Barreto e Ilha Solteira, a pousada KYM fica a beira da represa do Rio Tietê e está preparada para os amantes da pesca. Possuem barcos com barqueiros, com motor de popa a combustão e motor de proa elétrico, tralha completa para quem quer iniciar as aventuras da pesca, bons quartos, piscina, uma bela vista, uma irresistível comidinha caseira e tudo isso é acompanhado de muita simpatia das pessoas que administram o lugar.
Os jantares eram servidos de surpresas, numa havia sashimi de Tucunaré (delícia!) e na noite seguinte um churrasco que mudou meu conceito, eu não suporto comer Cupim, acho aquilo muito gorduroso e com sabor a sebo. Mas o danado do Cupim lá preparado foi algo especial. Claro que o churrasqueiro não nos disse o segredo!
No sábado pela manhã fomos conhecer a cidade de Ilha Solteira e quem sabe, pegar uma praia. Demos sorte, o dia estava lindo, ensolarado, movimentado (havia o motoshow - uma concentração de motoqueiros). Almoçamos um Tucunaré, bebemos água-de-coco, brinquei de bola com meu filho e ainda rolou uns mergulhos (os filhos) nas águas do Rio Grande.
Lá para tantas fomos conhecer o centro da cidade, deixar o carro em algum lugar e dar umas voltas a pé. Encontramos um cafezinho (uma das poucas coisas abertas) onde minha cosmopolitana esposa logo se aconchegou.
Bem, este preâmbulo todo é apenas para dizer que eu achei muito estranho encontrar uma cidade tão bem estruturada, num sábado ensolarado, com as ruas abarrotadas de gente de tudo quanto era lugar por conta do Motoshow e dos turistas eventuais como eu e ver 90% do comércio fechado. Aberto estavam: o café, alguns butecos, uma farmácia e talvez um mercadinho.
Os turistas andavam de um lado para o outro apreciando as vitrines pouco iluminadas das lojas fechadas. Numa loja de fachada muito bonita na avenida principal, um letreiro dizia, "LEVE LEMBRANÇAS DE ILHA SOLTEIRA", mas como???
Na hora aquilo me deixou indignado, "puxa, a chance de boas vendas desperdiçada!" pensava eu.
Agora, de volta a minha Sampa, barulhenta (acabou de passar um helicóptero!), suja, poluída, congestionada, criminosa, demorada, violenta, etc, percebo que há naqueles comerciantes de Ilha Solteira um certo bom senso. O trabalho talvez não possa estar acima do convívio familiar, do descanso e de tantas outras atividades que nós metropolitanos deveríamos praticar fora do horário laboral e não apenas nos feriadões.
PS. Os adjetivos negativos que dei a Sampa foram para dar ênfase ao texto, amo esta cidade e como todos sabemos, adjetivos bons é o que não faltam às imensas cidades, a somas deste muitos adjetivos as fazem megalópoles.
Rogério Queiroz
NEQTAR
Um comentário:
Amor, ilustra com algumas fotinhas.
Tá lindo! Adorei!
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