Boa festa tipicamente portuguesa com sardinhas na brasa, batatas ao murro, papo-secos e muito vinho. Decoração feita por ele mesmo, simples e delicadas bandeirolas espalhadas pelo quintal nas cores da sua pátria natal, verde, vermelho e amarelo. Ele despojadamente vestido em sandalhas, bermudas e uma camiseta amerela escrita na altura do peito, "FIGUEIRA DA FOZ".
Filhos, sobrinhos, amigos e agragados, todos ali muito felizes em ver nosso patriarca ainda mais feliz.
Num determinado momento um senhor toca a campainha da casa, minha irmã atende e ele pede desesperadamente por dinheiro para a gasolina do carro, "...meu filho caiu e está machucado, preciso leva-lo ao hospital...".
Num ato impensado, as pessoas (me incluo nisso), sacaram algumas "patacas" de seus bolsos e a soma foi entregue ao homem que sai correndo ao mesmo tempo que agradece.
Aí aquela situação dos primeiro segundos, uns olhando para os outros tentando intender o que se passou, olhares desconfiados iam de desfazendo com o sabor do azeite sobre as batatas e das boas conversas.
Num determinado momento o senhor toca a campainha da casa, minha irmã atende e ele traz o dinheiro para a gasolina do carro nas mãos, "...meu filho está bem, deu tudo certo e quero devolver o dinheiro, muito obrigado".
Num ato racional, minha irmã olhou para as "patacas" de suas mão e disse: "Imagina!!! fica com a soma, este dinheiro já é seu".
"Que isso! muito obrigado, mas aqui está o dinheiro!"
"Pode ficar com ele!"
"É de coração?"
"Esteja certo que sim, é de coração, mas faça bom uso dele!"
"Muito obrigado"
E o homem seguiu o seu caminho.
Aí aquela situação dos primeiro segundos, uns olhando para os outros tentando intender o que se passou, olhares desconfiados iam de desfazendo a medida que percebíamos que tínhamos feito a coisa certa.
Eu particularmente achei aquilo muito bacana.
Rogério Queiroz
NEQTAR
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